Havia um dragão no alto da montanha, quando filhote perdeu seus pais, para caçar não tinha manha, nem havia voado jamais; passou por fome tamanha até não resistir mais.
Isolado no topo, sem poder voar, excluído de outros que pudesse devorar, arrastando seu corpo, vendo a asa atrofiar. Para que sair do ovo, para vivo se quebrar?
Perdido na exclusão em meio ao nada, vivendo na solidão de sua morada, a única opção que foi encontrada, para o faminto Dragão, era comer a própria cauda.
Carlos Eduardo Taveira
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