Resolveu tomar o ônibus para
facilitar o percurso que não estava disposto a transpor caminhando.
Sentia-se demasiadamente
cansado.
O pensamento inerte sob um véu
tênue. O tecido através do qual enxergava, era normalmente chamado de loucura. Não ocultava sua obstinação.
Entrou no ônibus atormentado,
mas por sua própria realidade.
Havia inúmeras barreiras, como
obstáculos de corrida de cavalos – estava em meio a inúmeros outros corredores
que as saltavam em seus quadrúpedes, viu-se sem montaria.
No ônibus, o fato de estar
lotado, era o que menos o infortunava, mas quando ouviu o grito daquela
criança, não era choro, era uma palavra, ela gritava "legal", e
aquela feição da mais pura felicidade sem por que, apenas porque também é da
natureza humana, como uma substancialidade que vai se perdendo com o tempo.
Em meio a todo seu pseudo-tormento,
aquela pura alegria ingênua, bem diante de seus olhos. Aquilo massacrou seu
espírito.
Carlos Eduardo Taveira dos Santos.
Carlos Eduardo Taveira dos Santos.
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